sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PEJOTEIROS(AS) CAXIENSES EM ATIVIDADES PELO BRASIL: CURSO DE VERÃO

A PJ de Caxias nos meses de férias não parou com suas atividades. Nós fomos a muitos lugares, aumentando conhecimentos para cada vez mais evangelizar a juventude da nossa região. De 10 a 17 de janeiro, Pâmela Grassi e Virgínia Viganó (integrantes da coordenação), Anelise Muller e o seminarista Maicon Casagrande (apoiadores), além de outras pessoas aqui de Caxias, estiveram em São Paulo participando de mais uma edição do Curso de Verão. O texto que descreve como foi o evento é de autoria de Pâmela Grassi, com depoimentos dos outros três integrantes da PJ.

Formação e vivência comunitária durante o 23º Curso de Verão

Às vezes alguém pergunta: “Você não mistura demais fé com política?” Respondo: “Sou discípulo de um prisioneiro político”. “Como assim?” “Sou discípulo de Jesus! Ele não morreu nem de hepatite na cama, nem de desastre de camelo numa esquina de Jerusalém. Morreu como preso político, sob dois processos políticos. E como você vem me dizer que o cristão nada tem a ver com política?”

Frei Betto

Janeiro, mês de temperaturas altas e de banho de mar, foi de formação e de vivência comunitária para 12 jovens da Diocese de Caxias do Sul. Eles participaram do 23º Curso de Verão, promovido pelo CESEP, na Terra da Garoa: São Paulo. Tratava-se de um espaço ecumênico e inter-religioso de formação popular, a partir da realidade que vivemos e de seus desafios, à luz da Bíblia e da Teologia da Libertação.

O tema aprofundado durante os oito dias (10 a 17 de janeiro) foi Política e Comunidades Humanas: por uma prática popular transformadora. Luiza Erundina, Lucho Torres Bedoya e Frei Betto foram alguns dos assessores que pautaram a participação cidadã e a arte de governar, trazendo para a roda de conversa o compromisso cristão na sociedade. A reflexão teórica era destinada na parte da manhã, enquanto a tarde era contemplada com os espaços de criação, as oficinas como Celebração Popular, Dança Criativa, Dança Circular, Teatro, Jornal Popular, Rádio Comunitária, dentre outras.

A troca de experiências com participantes dos quatro cantos do Brasil; as celebrações, com cantos alegres e mística envolvente; a acolhida por parte da galera da PJ de Ermelino Matarazzo na CAJU, onde ficaram alojados; a partilha de conversa sobre a Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens com pejoteiras/os de outros estados e a PJMP foram algumas das histórias retiradas da mochila pelas/os aventureiras/os da Serra Gaúcha. Outras histórias são aqui espalhadas pelas/os próprias/os:

Anelise Muller

"Muitas vezes só o fato de querer contribuir para um mundo e uma sociedade melhor não é o suficiente. Nesse momento com o coração ardendo por sede de mudança e transformação busquei uma formação para melhor desempenhar as atividades com a juventude e com os grupos de jovens, pois muitas vezes somos barrados pela falta de conhecimento em alguns temas, o que nos limita nesses trabalhos. Muito mais que formação, encontrei uma troca de experiências com pessoas de todo o Brasil e até mesmo vindos de outros países próximos, diversas realidades que nos motivaram cada vez mais a acreditar e sonhar. Ali foi um espaço de partilha, de amizades que nunca esquecerei. Espero ansiosa pelo ano que vem para poder participar novamente".

Vírgínia Viganó

"Representar a Diocese de Caxias do Sul, minha comunidade Santa Catarina, grupo JUBS e a PJ em São Paulo no Curso de Verão foi uma experiência maravilhosa de dimensão incrível na minha vida, oito dias extremamente marcantes e inesquecíveis. Quão bonito era a cada dia conhecer novos companheiros que vivem espalhados mundo a fora, quão proveitoso e motivo de alegria era a cada manhã entoar novas melodias, novos batuques e conhecer os jeitos do povo! Sinto-me plena de esperança e de certa forma realizada. A estrutura do curso era simples, mas de uma dinâmica linda e acolhedora. Em tempos que só falamos sobre crises, surge então este tema: 'Política e Comunidades Humanas: por uma prática popular transformadora'. Qual seria esta relação? A política em sua essência uma ferramenta, algo que gera transformação tanto para o bem quanto para o lado ruim da moeda se usada por detentores malignos do poder. Se até mesmo na Igreja Católica esbarramos em questões políticas e meramente diplomáticas, que se não nos envolvermos para que sejam resolvidas acabam terminando em injustiças, imaginemos então nossa cidade, estado e país, o mundo. Que a consciência de ser político possa nos envolver para que cumpramos o papel de cristão que luta com unhas e dentes, com toda a força que possui para que haja justiça e vida em abundância para todos os povos, assim como proclama a palavra libertadora".

Maicon Casagrande
"Acredito que o curso de verão é uma experiência que marcou a cada um que por lá esteve. É um curso diferente. Não é um daqueles que são feitos através de palestras. O curso de verão deste ano que abordava o tema 'política' vai muito além dessa aprendizagem. Foi uma experiência muito rica. Conhecemos pessoas de diversos lugares do Brasil, nas quais criamos vinculos de amizade. Um exemplo disso foi o pessoal que esteve na casa da juventude Ermelino Matarazo na zona leste de São Paulo, que nos acolheu muito bem. Por tudo isso fiquei muito feliz, diante desse curso que nos convida a sermos mais sensíveis e ativos diante da nossa sociedade".


Turma que participou do 23º Curso de Verão, em São Paulo. (Foto: Virgínia Viganó/Arquivo Pessoal)

3 comentários:

Pâmela Grassi disse...

PejoteirAs!!!

PJ Caxias disse...

Pâmela, não está errado. É um título padrão para outras postagens que virão. E como a língua portuguesa é machista "onde existe um elemento masculino, a frase vai para o masculino". Não sou ninguém da Acadêmia de Letras então não posso fazer nada... hehehehehe

virgínia disse...

IHUUU!
Beijoooos!
Até o findeee!